sexta-feira, 27 de junho de 2014

Esfirra de frango

Olá!
Como falei no post anterior com a sobra do frango eu fiz as esfirras.

Ingredientes:

5 xícaras de farinha de trigo
1 1/2 de água morna
1/2 xícara de óleo
2 colheres de sopa de açucar
1/2 colher de sopa de sal
1 envelope de fermento biológico seco de 10g

Modo de preparo:

1. Misture todos os ingredientes secos.
2.Adicione o óleo e a água e misture com uma colher.
3. Quando estiver misturado utilize as mãos para sovar e deixar uniforme. Caso seja necessário acrescente mais farinha.
4. Não precisa deixar crescer. Já pode separar em bolinhas, abrir a massa e rechear. Abri a massa com mão, é bem fácil de manipular a massa.
5. Refoguei o frango conforme a receita anterior.

Espero que gostem. Aqui acabou o frango e fiz com linguiça enroladinha.

No meu caso ficou super aprovado.

Beijos






Arroz cremoso com frango

Esse arroz é bem fácil e rápido! 
Bacana para quando temos visitas, ninguém vai saber que não tem leite!!

Ingredientes:
1 xícara de arroz
1 1/2 colher de sopa de alho moido
1 colher de sopa de cebola picada
2 1/2 xícaras de água
800 gramas de frango desfiado
3 colheres de sopa de massa de tomate
3 colheres de sopa de maionese - usei a Hellmans original que é limpa.
1 lata de milho
Sal a gosto
Azeitona para decorar
Azeite para refogar.

Modo de Preparo

1. Refogue no azeite a cebola e o alho. Quando estiverem moles acrescente o arroz e frite levemente. 
2. Acrescente 2 xícaras de água fervento, o sal e em fogo baixo deixe secar a água do arroz.
3. O arroz não pode ficar totalmente seco, deixar secar até quase por completo e reserve.
4. Enquanto o arroz seca a água leve ao fogo o azeite, e o alho para refogar e em seguida acrescente o frango desfiado e o sal.
5. Coloque a massa de tomate, milho e o restante da água e deixe refogar.
6. Após refogado o frango coloque-o em uma vasilha e junte a ele o arroz. Adicione a maionese e misture bem até que fique homogêneo. 
7. Se necessário leve ao microondas para aquecer. Coloque azeitonas cortadas em cima para decorar.

Ps. O frango eu cozinho na pressão o peito sem tempero, assim caso haja sobra eu uso para outras receitas e não me preocupo se ficou o tempero. No dia em que fiz o arroz sobrou frango e usei para fazer esfirras. Depois de tirar da pressão levo o frango para a batedeira e fica desfiado bem fininho assim as crianças podem comer sossegadas.

Espero que gostem!!!

Beijos



As dificuldades da Alergia na cozinha

Olá!!

Desculpem a minha ausência essas dias! As vezes ser mãe de 2 pequenos + esposa + dona de casa + professora é muita coisa e acabo não conseguindo fazer tudo 100% e acabei não conseguindo postar minhas experiencias aqui rs!
Maaas, não deixei de lembrar do blog e de testar novas comidas, por isso vou postar 3 receitas, uma de almoço, uma de sobremesa e uma de lanche da tarde.
Hoje me peguei pensando em como é difícil a alergia, estava lavando a louça pela quarta ou quinta vez hoje e percebi que demoro muito mais tempo agora para fazer tudo do que demorava antes.
Para a louça dos meninos, rsrs, que podem consumir leite (ainda que pouco pois aqui estou cortando o leite de todo mundo) uso uma esponja de lavar louça e tiro tudo o que está dentro da pia para não correr o risco de cair nas coisas da Malu. Para a louça da Malu e da mamãe tem uma esponjinha especial e um super cuidado do local aonde irei guardá-las.
Fiz o almoço da Malu, foram quase 10 minutos só pensando aonde poderia guardar para colocar na geladeira, já que aos poucos é que estou comprando novos potinhos para armazenar a comida, por isso estou deixando de utilizar tuppeware que é plástico e estou usando vidros, inox e cerâmica. Penso assim, se quando guardamos em plástico um molho de tomate, por mais que lavamos e esterilizamos o pote continua manchado de vermelho, quando esterilizamos, fervemos ficamos livres de bactérias, mas o que dá a alergia é a proteína que continua lá, como o molho!
Malu graças a Deus agora aceita o Neocate com banana, por isso tive que comprar um copinho de treinamento novo, já que as mamadeiras anteriores usei os complementos com leite de vaca (Similac e Nestogeno Plus), hoje então separei 3 mamadeiras para doar e junto separei 2 porta leite em pó que já usei com os outros leites também. Para testar o Aptamil Pepti e o Neocate que ela detestou por causa do cheiro usei o copinho de suco dela.
Parece tudo neura, exagero e frescura; confesso que quando foi levantado a hipótese até achava que era, fui lendo, fui entendendo e tentando explicar as pessoas o que era e como funcionava e ainda assim a maioria não acreditava e não levava a sério, mas infelizmente a Malu reagiu e feio aos traços contidos na mamadeira e outros plásticos que usei para armazenar as comidas e foi só assim que fui levada a sério e estou bem radical com tudo.
Para não correr o risco aqui não entra mais nada de leite - até porque essa semana meus sogros deram um kinder ovo pro Junior e o pai deixou ele comer enquanto a Malu não estava em casa. Mas assim que eu e Malu chegamos o Junior tentou dar o chocolate para ela! Quase morri!! rsrsrs
Com tudo isso só quero dizer as mamães que tenham paciência e calma, tudo vai se encaixando. Nós sabemos que não é frescura, que é sério e importante. É por nossos filhos, pelo bem estar e saúde deles!!
Ao descobrir APLV troque:
-Mamadeira
-Escova de lavar a mamadeira
-Plástico para guardar comida
-Separe tudo o que é do bebê do que é do resto da casa -  o mesmo vale para as coisas da mamãe em dieta.
- Copo de liquidificador
- Batedeira
-Prestar atenção nos shampoos, condicionadores e hidratantes.
Isso são traços e não importa o grau da alergia, existe reação!

Beijos

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cupcake de Chocolate

Bom dia!!!

Hoje é dia de doce!! De chocolate!!!
O mais difícil para mim é ficar sem o chocolate, o brigadeiro, doce de leite...por isso fiz essa receita que ficou uma delicia, não parece que não tem leite!!!
Esse cupcake rende mais ou menos 12 unidades!

Ingredientes:

Massa:
1 1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
1 pitada de sal
2 colheres de sopa de óleo
240 ml de água
1/2 xícara de cacau em pó
1 xícara de açucar

Cobertura:
4 colheres de sopa de açucar
2 colheres de sopa de cacau em pó
1 colher de sopa de creme vegetal (usei a becel azul)
1 colher de leite de coco ou água (prefiro o leite de coco, mas com água dá certo também)
1 banana prata (opcional)
Granulado a gosto (opcional)

Modo de preparo:

Massa:
1. Em um refratário peneire a farinha, o fermento, o cacau em pó e o sal. Em seguida adicione o açucar.
2. Vai adicionando aos poucos o restante dos ingredientes, batendo a massa até ficar líquida e homogênea.
3. Coloque a massa nas forminhas de cupcake até a metade, se encher demais a massa cresce e transborda.
4. Leve ao forno pré-aquecido em 180º graus por aproximadamente 15 minutos, até ficar firme e deixe esfriar.

Cobertura:
1. Leve o açucar, o cacau em pó, o creme vegetal e o leite de coco ao fogo e mexa até derreter e ficar com uma aparencia lisa.
2. Jogue em cima do cupcake. Essa cobertura endurece e fica crocante.
3. Para decorar coloquei uma rodela de banana e joguei granulado por cima.

Sei que essa receita pode ser feita sem glúten, mas não testei! Mas vou deixar aqui a receita sem glúten para a turminha que não pode gluten também!

3 ovos
1/2 xícara de cacau em pó
140 gramas de açucar
85 gramas de margarina sem leite
85 gramas de fécula de batata
85 gramas de farinha de soja
2 1/2 colheres de fermento em pó

Bata os ovos com o açucar até obter uma mistura clara e espessa. Adicione o chocolate. Sem parar de bater adicione a margarina derretida. Peneire as farinhas e o fermento e mexa com uma colher desenhando um oito.

Espero que vocês gostem!! Meu filho mais velho - o Junior - que normalmente não gosta de bolo, adorou essa receita!!!!

Beijos






terça-feira, 24 de junho de 2014

Crocante de Ervas Finas com Pimenta Calabresa

Pessoal,

Pensando no lanche dos pequenos na escolinha, petisco para os dias de jogos ou um domingo a tarde para comer assistindo um filminho adaptei uma receita que vi em um site vegano e fiz essa Crocante de Ervas Finas.
Dessa primeira vez fiz salgada e apimentadinha, mas dá para variar e vou tentar fazer alguns sabores doces também e conto como ficou!

Ingredientes:

2 1/2 xícaras de farinha de trigo
3/4 de xícara de água fria
2 colheres (chá) de sal
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 colheres (chá) rasa de açafrão
2 colheres (chá) de orégano
2 colheres (sopa) de manjericão
1 colher (sopa) rasa de pimenta calabresa
1 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de pimenta do reino

Modo de Preparo:

1. Misture todos os ingredientes seco. Em seguida misture o azeite e a água aos poucos até ficar em ponto de massa e homogêneo.
2. Abra a massa com o rolo, não muito fina e corte com alguma coisa redonda (usei a tampinha do azeite como molde, mas pode ser tampa de garrafa de 2 litros, por exemplo).
3. Coloque em uma forma untada com azeite e leve ao forno médio até dourar.







Pão de Queijo - Sem queijo!!!

Boa Tarde pessoal!!!!

E ontem foi dia de mais aventuras na cozinha! Dia de jogo é um sofrimento para nós mães de pequenos alérgicos...é tanta gostosura que o pessoal leva para comer antes, durante e depois do jogo e na maioria dos casos não podemos nem sonhar em come-los, por isso coloquei a família toda ontem em dieta sem leite e fiz um jogo Milk Free de gostosuras e foi um SUCESSO!!!

Pães recheados de azeitona, linguiça toscana, frango (receitas no blog), cuca de banana, crocante de ervas finas, bisnaguinha e o nosso pão de queijo sem queijo.

O que mais me chama atenção com relação a comida é que sem eu falar nada que as comidas não tinham leite e derivados todo mundo comeu e teve gente que não acreditou que não tinha leite ou queijo.
Meu marido até hoje duvida que o Pão de Queijo não tinha queijo...só acreditou depois que eu comi na frente dele e dei peito para a Malu - isso significa que...o queijo não faz diferença!!!! Dica boa para o lanchinho da escola das crianças, para festinha de aniversário e para a festa junina!!!!
O que ainda não tem receita aqui no blog logo mais postarei :)

Aí vai a receita:

Ingredientes:

400 gramas de batata inglesa (já vi receita com mandioquinha/mandioca salsa não testei ainda.)
400 gramas de polvilho doce
2/3 de xícara de azeite (+/- 120 ml)
2 colheres de café de sal
Água para dar o ponto

Modo de Preparo:

1. Cozinhar as batatas sem sal. Deixe esfriar um pouco e amasse como um purê - quanto mais amassadinha melhor que assim não dará para sentir o gosto de batata.
2. Juntar ao polvilho o sal e o azeite. Misture bem até ficar uma farofa.
3. Adicione á farofa a batata cozida e amassada até ficar homogênea.
4. Acrescente água em temperatura ambiente aos poucos até a massa soltar da mão e ser possível formar as bolinhas.
5. Faça as bolinhas de tamanho médio e coloque no forno 230 graus por aproximadamente 25 minutos.




Espero que vocês gostem!!

Beijos


domingo, 22 de junho de 2014

Reportagem da Revista época sobre alergia alimentar

Olá pessoal!!!

Amei essa reportagem feita pela revista Época sobre alergia alimentar!!!! Vi no blog do Dr. Paulo Maciel Blog Dr. Paulo Maciel.

Segue ela na íntegra!!

A nova guerra às alergias [1]
As armas da medicina para combater o crescimento
do número de casos de reações graves a alimentos
Dennise Passos de Oliveira não tinha como saber, mas a geleia de mocotó que dava ao filho Luiz Guilherme, de 6 meses, era a causa; e não a solução, para as cólicas e os vômitos do bebê. Ao entrar em seu organismo, uma proteína do leite contido na gelei a provocava uma reação semelhante à do sistema imune quando atacado por vírus. Alimentos comuns como arroz, espinafre, mandioquinha e frango também causavam vômito. Às vezes, só de sentir cheiro de comida Luiz Guilherme começava a passar mal. O menino perdia peso, crescia abaixo da média e teve inchaço no fígado e no baço. Por fim, a gastropediatra Maria Helena Simões identificou a razão: uma grave alergia. Seu caso, embora raro, ilustra o crescente problema das alergias múltiplas, para o qual só agora a medicina começa a encontrar explicações.
A médica mandou suspender prati­camente todos os alimentos sólidos e receitou para Luiz Guilherme uma fór­mula especial, com proteínas já “digeri­das”: para evitar novas reações alérgicas. Hoje com 2 anos, Luiz Guilherme é um menino alegre e calmo, que passa o dia brincando com um macaquinho de pe­lúcia. Um ano e meio depois do início do tratamento, além da fórmula especial, ele já pode comer quiabo, maxixe, abóbora, macarrão de sêmola, carne de carneiro e está se aventurando pelas frutas. Teve reações a banana, ameixa e pera, mas está experimentando abacate e mamão.
Esse caso, ainda que extremo, não é to­talmente estranho aos ouvidos de pais e mães. Quase todos já ouviram falar, den­tro do círculo de amizades, de histórias de crianças com graves alergias ou into­lerâncias a um ou mais alimentos, como numa espécie de pandemia silenciosa. O aumento do número de casos provavel­mente se deve em parte a uma melhora nos diagnósticos, o que não o torna menos alarmante. Segundo o dado mais recente, de 2007, do Centro de Controle e Preven­ção de Doenças, nos Estados Unidos, o aumento foi de 18% em uma década. A alta mais significativa foi na faixa de 0 a 5 anos de idade, fase da vida em que o sistema imune está mais vulnerável.
No mundo inteiro, alergias se tor­naram uma verdadeira paranoia. Na Aus­trália, o menino Kaleb Bussenschutt, de 5 anos, se alimenta por sonda e pode apenas chupar gelo. Nos Estados Unidos, algumas escolas baniram do recreio os lanchinhos com amendoim e derivados. Recentemen­te, a queda de um simples amendoim no assoalho de um ônibus escolar gerou a eva­cuação e a descontaminação do veículo. Também nos Estados Unidos, foi realiza­do em agosto o primeiro jogo de beisebol “peanut-free” (ou seja, livre de amendoim: comer amendoins e derivados em estádios de beisebol faz parte da cultura americana) apenas para que um menino, Kyle Graddy, de 9 anos, alérgico à semente, pudesse as­sistir ao vivo a seu esporte favorito.
Exageros à parte, é fato que se tornou mais comum o diagnóstico de alergias múltiplas numa mesma criança. “Há 25 anos, quando comecei a trabalhar com isso, os testes sanguíneos da maioria das crianças apontavam alergia a apenas um tipo de alimento’: diz Hugh Sampson, um dos maiores especialistas americanos em alergias infantis. “Agora o incomum é encontrar um exame em que só haja rea­ção a um tipo de comida.” Em seu dia a dia na Faculdade de Medicina Mount Sinai, em Nova York, onde dirige o serviço de alergia e imunoterapia do Departamento de Pediatria, Hugh Sampson dedica-se a estudar uma cura para o problema. Ele é um otimista: acredita que, em menos de uma década, uma bateria de novas armas estará disponível para o público. Essa não é a única novidade na guerra contemporâ­nea contra as alergias alimentares. Novos métodos de diagnóstico estão prestes a entrar no mercado, inclusive no Brasil, e a ciência a cada dia entende um pouco mais os mecanismos que levam nosso corpo a reagir contra alimentos que deveriam nos fazer bem, e, por algum motivo, põem em risco nossa saúde.
Uma das chaves para encontrar uma cura para as alergias é a pesquisa genética. A ciência ainda não é capaz de responder por que, numa mesma família, algumas pessoas têm mais ou menos pre­disposição ao problema. Luiz Guilherme, o menino que abre esta reportagem, tem uma irmã mais velha, Emanuelly, de 6 anos, que não sofre de alergia alimentar, mas tem rinite, uma doença alérgica. A mãe, Dennise, tem tosse alérgica, e o pai, Fernando, diz sofrer alterações na pele quando ingere camarão e lagosta.
Os pesquisadores acreditam que as al­terações do ambiente onde vivemos têm um papel fundamental no desenvolvi­mento das alergias. A chamada “hipótese da higiene” diz que, no ambiente urba­no moderno, quase asséptico, diminui a exposição a micro-organismos como vermes, bactérias e vírus e, consequen­temente, caem as infecções. A relação en­tre a higiene e a alergia não foi, contudo, confirmada por estudos epidemiológicos no Brasil. Até agora, as pesquisas não mos­traram uma diferença na taxa de casos de doenças alérgicas nas grandes cidades e em populações de vilarejos do interior.
Uma dificuldade de qualquer estudo é definir quem realmente é alérgico. De acor­do com diversas pesquisas, 20% a 25% das pessoas acreditam ter algum tipo de aler­gia. Quando um médico faz o diagnóstico, apenas 1 % a 2% dos adultos e 6% a 8% das crianças de fato têm o problema. Antes de concluir que se tem uma alergia, portanto, é preciso excluir outras hipóteses. Foi o caso da nutricionista Leticia Garcia, de 29 anos, que mora em São Paulo. Há quatro anos, depois de repetidos episódios de diarreia e constipação, Leticia recebeu o diagnóstico de “síndrome do intestino irritável’: uma condição que teria fundo emocional. No ano passado, ela voltou a ter o problema.
Desta vez, um teste sanguíneo apontou in­tolerância à lactose. Letícia tirou leite e deri­vados da dieta. Não adiantou. Ela procurou uma terceira opinião. O médico desconfiou de doença celíaca – aquela em que o intesti­no do paciente não absorve alimentos com glúten. Uma biópsia confirmou a suspeita. A intolerância à lactose, na verdade, era um efeito secundário das crises de diarreia. Agora, Leticia luta para tirar pães, massas e farinhas da dieta. “Desde o diagnóstico, não tive mais crises”, diz Leticia.
Assim como nos casos de intolerância, identificar as alergias pode ser difícil. Atual­mente, usam-se testes cutâneos – em que o alérgeno é colocado em contato com a pele – ou de sangue. Neste último, chama­do Rast, os cientistas medem a quantidade dos anticorpos IgE para certos alimentos e medicamentos. Mas ter altas doses de IgE específico para o camarão, por exemplo, não significa necessariamente alergia a camarão: são os casos chamados de “fal­sos-positivos”. Eles são comuns quando há alergias cruzadas. Uma nova técnica, cha­mada “microarray”, que usa quantidades menores de sangue para uma quantidade maior de alérgenos, espera a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada no Brasil.
A evolução nas técnicas de diagnóstico pode trazer esperanças para casos graves como o de Marina, uma menina de Brasí­lia hoje com 2 anos e 5 meses. Aos 20 dias de idade, Marina chorava bastante, dor­mia pouco e regurgitava muito. Mãe pela primeira vez, a servidora pública federal Rilane Santos de Sousa ficou preocupa­da e levou o bebê ao médico. O primeiro diagnóstico foi refluxo gastroesofágico, um problema comum em crianças pe­quenas. “O refluxo pode ter uma causa fisiológica, mas também pode ser causado por uma alergia”, afirma o gastropediatra Ulysses Fagundes Neto, professor do De­partamento de Pediatria da Escola Pau­lista de Medicina da Unifesp. Ao ingerir um alimento e ter cólica, a criança pode chorar muito, o que a leva a regurgitar. Outro possível sintoma é di arreia com sangue, que pode ser confundida com uma infecção intestinal. Aos 2 meses, a menina deixou de ganhar peso, e Elisa de Carvalho, médica especializada em gas­troenterologia pediátrica do Hospital de Base do Distrito Federal, suspeitou de um caso de alergia a leite. Para evitar expor a criança às proteínas do leite e da soja pelo leite materno, Elisa excluiu os alimentos da dieta da mãe. Mesmo assim, Marina não apresentou melhora. Rilane teve, en­tão, de deixar de amamentar. Passou a dar à filha uma dieta especial, com fórmula de proteína hidrolisada – mais fácil de digerir. Deu certo, mas uma tentativa de reintroduzir o leite na dieta da menina fracassou. Marina foi internada e passou a receber por sonda uma fórmula elemen­tar, hipoalergênica, só com aminoácidos, por meio de uma sonda. “Não dormíamos direito vigiando para que ela não tirasse o aparelho”, diz Rilane. Depois de 60 dias de tratamento, a própria menina rejeitou a sonda. Durante alguns meses, alimen­tou-se exclusivamente com a fórmula.
Clique para ampliar
Clique para ampliar
Sintomas relacionados à alergia alimentar
O que já se sabe
As respostas às dúvidas mais comuns sobre alergia e intolerância
1. QUANDO SUSPEITAR QUE A CRIANÇA TEM ALERGIA A ALGUM ALIMENTO?
Quando ela tem uma reação anormal – seja vermelhidão na pele, vômito, diarreia, inchaço ou dificuldade para respirar – depois de consumir algum alimento. O tipo de reação pode variar, mas acontece toda vez que a criança ingere a mesma comida, não importa a quantidade. A presença dos sintomas não é conclusiva para o diagnóstico, que só pode ser feito pelo médico. Um episódio de diarreia pode se dever a uma simples intoxicação alimentar.
“A história clínica é muito importante para definir o diagnóstico, junto com os testes laboratoriais”, afirma a alergista Renata Cocco, pesquisadora associada da Unifesp. Para tirar qualquer dúvida, pode-se recorrer ao “teste de provocação oral”, ou seja: o paciente ingere, sob supervisão do médico, o alimento suspeito.
É alérgico mesmo? Muitos dizem ser alérgicos. Poucos realmente o são:
“20 a 25% das pessoas acham que têm algum tipo de alergia.
Depois de testes para comprovação:
1 a 2% dos adultos têm alergia
6 a 8% das crianças apresentam o problema.”
Resp.: Os sintomas relatados acima indicam a alergia “imediata”, causada por IgE, como comentado em outras páginas. Mas devemos lembrar que a grande maioria (80%) das alergias alimentares são causadas por alergias não mediadas por IgE e de sintomas tardios (horas a dias). Além disso, os sintomas que podem ser causados por alergia alimentar são bem mais extensos que os relatados. Vale a pena lembrar de alguns dos sintomas mais comuns ligados à alergia alimentar:
Sistema Gastrointestinal: Cólica. Vômito. Diarréia. Sangue nas fezes. Constipação. Gases. Colite. Náusea.
Sistema Respiratório: Nariz escorrendo. Espirros. Tosse. Congestão. Asma. Bronquite. Coceira no nariz. Sintomas de gripe. Respiração difícil.
Olhos: Olhos lacrimejantes. Olhos vermelhos. Círculos escuros. Coceira. Conjuntivite.
Sistema Nervoso Central: Irritabilidade. Perda de sono. Tontura prolongada. Dor de cabeça. Cansaço.
Pele: Eczema. Dermatite. Urticária. Vermelhidão. Coceira. Inchamento dos lábios, boca, língua e garganta.
Outros sintomas: Infecção no ouvido. Perda de peso, Suar em excesso. Baixo rendimento escolar. Dificuldade de convivência. Depressão. Choque anafilático.
2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE “INTOLERANCIA” E ALERGIA?
De maneira geral, as alergias são provocadas por proteínas conside­radas “estranhas” pelo organismo, que decide atacá-las. Em casos raros os alérgicos podem ter reações até a simples partículas do alimento dispersas no ar. Os açúcares estão por trás da maior parte dos casos de intolerância. O tipo mais comum é a Intolerância à lactose, o açúcar do leite. A causa é uma deficiência na produção de lactase, a enzima responsável pela digestão do leite.
Presença de intolerância à lactose na população:
Europeus: 25%
Negros, indígenas e asiáticos: 80%.
Resp.: Não apenas os açúcares, mas uma grande gama de alimentos podem causar intolerância alimentar. Resumindo o texto da página “Intolerância Alimentar”, citamos alguns exemplos de alimentos que podem causar intolerância: Chocolate, tomates, espinafres, morangos, ovos, peixe, mariscos, ananás e especiarias (canela), ruibarbo, queijo, arenque, bananas, cavala, bacalhau, pimenta, nozes, vinho, couve fermentada, atum, além de corantes, aromatizantes e conservantes.
3. HÁ TRATAMENTO PARA A ALERGIA ALIMENTAR?
Não existe, hoje, uma cura. “A alergia pode não ter manifestação clínica, mas não some da memória do corpo”, afirma o médico Celso Cukier, respon­sável pelo serviço de terapia nutricio­nal do Hospital São Luiz, em São Paulo. A única maneira de evitar as reações indesejáveis é ficar longe dos alimen­tos que as provocam. Em alguns casos, principalmente em crianças. O problema pode regredir sozinho: o alérgico passa a tolerar bem aquilo que antes lhe causava problema.
“20% das pessoas alérgicas a amendoim ou a camarão adquirem tolerância posteriormente.”
“80% das crianças que têm alergia a leite superam o problema até a idade adulta.”
Resp.: A cura, para o paciente, significa “ausência de sintomas”, mesmo que ele continue com a informação gravada no seu DNA. Assim como existem muitos casos de “reversão” espontânea do quadro alérgico, existem tratamentos alternativos que podem reduzir ou até mesmo eliminar os sintomas da alergia alimentar, em especial a Homeopatia e a Lisadoterapia.
4. A PROPENSÃO A ALERGIAS É GENÉTICA OU PODE SER ADQUIRIDA DURANTE A VIDA?
“A maioria das pessoas que têm o problema apresenta histórico na família”, diz o especialista americano Hugh Sampson. A alergia pode demorar a se manifestar, mas não pode ser “adquirida” ao longo da vida porque depende da carga genética do individuo.
Resp.: A tendência à resposta alérgica é genética, pela sua característica de hiper-reatividade imunológica. Sendo assim, a propensão é permanente, mas os sintomas não; eles podem tanto aparecer em qualquer época da vida, quanto também desaparecerem sem deixar vestígios.
5. É POSSÍVEL PREVENIR O SURGIMENTO DE ALERGIAS NOS FILHOS?
Estudos mostram que amamentar só no peito até os 6 meses parece reduzir a suscetibilidade a alergias. Não há evidências de que evitar na gravidez alimentos como camarão e ovos previna alergia no bebê.
Resp.: Ver a página dedicada ao Professor Ulysses para maiores detalhes.
6. ALIMENTOS ­INDUSTRIALIZADOS TRAZEM MAIS RISCOS?
As reações adversas aos aditivos ali­mentares são raras – menos de 1% dos casos. O maior risco em relação aos ali­mentos industrializados é a rotulagem insuficiente. Um produto com traços de leite pode desencadear reações graves.
Resp.: Os alimentos industrializados possuem milhares de aditivos químicos, muitos deles alergênicos. Veja o caso do Glutamato Monossódico e do corante Amarelo Tartrazina.
7. O QUE SÃO “ALERGIAS CRUZADAS” E QUE ALIMENTOS MAIS AS PROVOCAM?
Certas alergias parecem vir acompanhadas de outras. Suspeita-se que isso se deva a semelhanças nas sequências de aminoácidos
Há cruzamentos menos evidentes, como a alergia a látex, que em 35% dos casos pode gerar também reações a frutas como: Kiwi, Abacate, Banana.
É o que acontece, por  exemplo, entre o leite de vaca e o leite de cabra. Como eles têm proteínas semelhantes, os riscos de alguém alérgico a leite de vaca também apresentar reações ao de cabra é alta: 92%. Quem tem alergia a camarão… também pode desenvolver alergia a ácaro.
É comum que, por causa dessas alergias cruzadas, os testes de sangue apontem resultado positivo para duas substâncias, mas que a pessoa só desenvolva sintomas para uma. Cerca de 50% dos testes de sangue para alergia dão um falso positivo.
Resp.: As alergias cruzadas podem não apenas criar alergias a alimentos diferentes, como também induzir a respostas imunológicas contra o próprio corpo, criando as chamadas Doenças Auto-Imunes (ver na página apropriada).
8. ALIMENTOS TRANSGÊNICOS SÃO MAIS ALERGÊNICOS?
Nenhum estudo, até agora, mostrou um risco maior de reações alérgicas pelo consumo de transgênicos. Mas a introdução de uma nova proteína na dieta das pessoas é sempre acompa­nhada do risco de reações adversas.
Resp.: Existem estudos sérios demonstrando reações alérgicas múltiplas e também graves relacionadas aos transgênicos. Mas a imprensa oficial insiste em negligenciar estas evidências. Ver este assunto na página dos transgênicos.
9. A DOENÇA CELÍACA É ALERGIA?
Apesar de ter sintomas semelhantes, como diarreias e dermatites, o mecanis­mo da doença celíaca é diferente e os mé­dicos não a consideram nem alergia nem intolerância. A doença impede a absorção do glúten presente em pães e massas.
Resp.: Este é um assunto polêmico, que vou desenvolver em outra página, específica para a Doença Celíaca. Pelo meu ponto-de-vista, a DC é, sim, uma doença alérgica do tipo II.
Entrevista com Hugh Sampson Professor de imunologia e pediatria da Faculdade de Medicina Mount Sinai, em Nova York:
O seu grupo está tentando desen­volver uma vacina contra alergia a amendoim, que pode ser a base para outras vacinas similares. Em que fase está esse estudo?
Hugh Sampson - Bem mais lento do que eu imaginava. A vacina está na fase 1, a que chamamos de teste de segurança com pessoas. Esperamos completá-la no próximo ano, quando começaremos a fase 2, que deverá comprovar a eficácia da vacina. Isso deverá levar mais alguns anos. Depois ainda há as fases 3 e 4. Infelizmente, ainda serão alguns anos pela frente.
O que podemos esperar do conhe­cimento científico sobre alergia no futuro próximo?
Sampson – Acho que vamos conseguir tratar o problema. Ainda vamos precisar de alguns anos até que as soluções es­tejam disponíveis para todos. Gostaria que fosse menos de uma década, mas não é improvável pensar nesse prazo.
Que conselho o senhor daria aos pais que querem prevenir as alergias alimentares em seus filhos?
Sampson - Não temos estudos que mostrem se o melhor caminho é dar alimentos mais cedo ou aguardar. O que podemos fazer é encorajar as mães a amamentar nos primeiros meses de vida. Todo o resto não está comprovado cientificamente.
[1] Leticia Sorg – Revista Época, Nº 589 – 31 de agosto de 2009.

Receita do Dia 2 - Bolinho de arroz e milho

Como prometi receita #2!

Bolinho de arroz sem leite, sem ovo e sem soja!!! Parece sem gosto mas na verdade ficou bem saboroso.
Essa é uma receita 2 em 1...rsrsrs...primeiro vou passar a receita do leite de arroz, pois é com a sobra do leite que faremos o bolinho.

Leite de Arroz

Ingredientes:

1 xícara de arroz
1 1/2 litros de água
1 colher de café de sal
*Se você for fazer só o leite pode acrescentar aqui uma fava de baunilha e no lugar do sal pode colocar açucar.

Modo de Preparo

1. Coloque o arroz com a água em fogo médio para cozinhar por não mais do que 15 minutos. Se você quiser fazer um mingau de arroz ao invés do leite deixe por 20 minutos.
2. Leve o arroz ao liquidificador e bata ele 3 vezes na função pulsar do liquidificador. Pro mingau e pro bolinho podem ser 4 vezes.
3. Coe com o coador de pano o arroz, o leite ficará líquido e o mingau mais grossinho, ambos bem branquinho.

Ps. Não tirei foto do leite :(

Bolinho de Arroz com milho

Você vai precisar:

Sobra do arroz que foi utilizado para preparar o leite.
1 xícara de fubá
1 xícara de milho fresco
Tempero a gosto (sal, pimenta, alho, cebola)
Farinha de rosca
Óleo de girassol para fritar

Modo de Preparo

1. Misture a massinha do arroz que sobrou no coador com o milho (você pode também utilizar outro legumes, como ervilha, vagem...) e tempere com sal, pimenta, o que você preferir. Eu utilizei somente o sal e alho.
2. Em seguida misture o fubá para dar o ponto. Pode ser que você precise de mais ou menos quantidade de fubá, utilize o suficiente para dar o ponto, que não é duro e nem mole demais para não quebrar quando for fritar, e faça um rolinho como um croquete.
3. Passe na farinha de rosca. Como fica bem molhadinho não há necessidade de passar no ovo!
4. Fritar os bolinhos com o óleo de girassol. Cobri de óleo pouco mais da metade do bolinho e fui jogando o óleo por cima assim não fica muito oleoso e fica bem crocante.
5. Frite até dourar e ao retirar do fogo coloque em um recipiente com papel toalha para sugar o que ficou oleoso.

Ficou bem saboroso e utilizei como petisco para um dos dias do jogo do Brasil! Rendeu mais ou menos 30 bolinhos!

Espero que gostem!!!

Beijos





Receita do Dia - Pão caseiro da fazenda sem Leite

Olá gente!!!

Como ontem não consegui postar a receita do dia porque meus pequenos quiseram passear, rsrs, hoje para me redimir vou postar 2 receitas!!!


Apesar de ser pão, achei bem tranquila a receita, não precisa sovar de mais...não ninguém vai ficar musculoso fazendo esse pão rsrsr, fica bem fofinho e a parte mais demorada dele é o esperar crescer. 

Meus bebes adoraram!!!!

1 kg de farinha de trigo ½ copo de óleo 2 ½ copos de água morna 1 ovo ligeiramente batido com um garfo 1 sachê de fermento biológico de 10 gramas 2 colheres de sopa de açúcar refinado 1 colher de chá de sal
1. Em uma vasilha grande, coloque a farinha de trigo, o óleo, o ovo ligeiramente batido com um garfo, o fermento, o açúcar e o sal. Misture rapidamente com uma espátula.
2. Coloque a água aos poucos e vá misturando com as mãos. Dificilmente você precisará utilizar toda a água (eu usei só 2 copos, talvez até um pouco menos), caso a massa fique muito mole acrescente um pouco mais de farinha aos poucos até desgrudar da mão e caso ela fique muito seca adicione água morna sempre aos poucos. 

3. Sove até ficar homogênea. E não se preocupe, você não ficará musculosa (o). Para dar ponto bastam 5 minutinhos.
4. Assim que a massa soltar da mão e ficar homogênea, faça uma bola e deixe descansar, coberta em local quente (deixei descansando dentro do forno) por 1 hora ou até dobrar de tamanho.
5. Em seguida passe a massa para uma área de trabalho (eu utilizo a bancada da pia devidamente higienizada). Com o rolo abre a massa, deixe ela lisa e enrole como achar melhor. Se quiser rechear esse é o momento.

6. Deixe a massa descansar por mais uma hora e em seguida leve ao forno médio até dourar. Você pode passar uma gema de ovo batida em cima do pão para dar uma "corzinha", como ovo é um alérgeno comum eu deixei o ovo só para a massa mesmo.

Essa receita de rendeu 4 pães de tamanho médio. Recheei um de linguiça e outro de bacon. Para diferenciar cada um em cima fiz marcas, um X ou um __.
Deixei dois sem recheio para comer com manteiga, maionese, patê....

Espero que vocês gostem e dê certo!!

Beijos









sábado, 21 de junho de 2014

As dificuldades da alergia

Olá pessoal!!
Hoje no grupo do facebook uma mãezinha comentou o quão difícil é manter amamentando uma criança APLV devido a dieta, e acredito que o mesmo deve sofrer as mamães que tem filhos maiores e não podem comer as mesmas coisas que as outras crianças.
Como mãe que amamenta sei que é bastante difícil jantar na casa das pessoas, em restaurante, etc. A possibilidade de alergia devido a traços é muito grande, então acabamos por optar em comer em casa, não usar industrializados, que contém ou podem conter traços e fazemos a nossa própria comida. Mas existe muita mãe que trabalha e não consegue fazer isso, que tem que mandar seu filho para a escolinha e a escolinha não faz a dieta de forma correta e a criança acaba sempre tendo reações.
O mais difícil da alergia, seja ela do leite, ovo, soja, amendoim, peixe, etc, é fazer as pessoas entenderem que não é frescura, não é capricho, que não faz diferença só um pouquinho ou muitão e que não é comendo sempre um pouquinho que se cura.
Não tem graça ver todo mundo comendo uma feijoada e você não poder comer ou dar a seu filho pois contem embutido e nos embutidos vai leite. Não é legal ver todo mundo comendo chocolate ou um bolo de brigadeiro e não poder comer - só sendo mãe mesmo para se privar de toda uma vida de delicias, gordices e até vida social para ver seu bebe não ter dor, cólica ou bolinhas pelo corpo.
Os traços são tão prejudiciais a pessoa alérgica como o alimento em si. Não faz diferença se eu tomo o leite puro ou se tomo água no copo que tinha leite, estou absorvendo a proteína do leite da mesma forma. Até hoje Malu não reagiu ao toque, mas há crianças que a avó tomou leite e em seguida deu beijo, a criança em seguida empipocou.
Eu sempre tive vergonha de pedir as coisas para mim na casa dos amigos, família, sogros, porque não gosto ou por frescura. Hoje pela minha Maria eu faço as coisas na casa da minha sogra, peço para usar a cozinha na casa dos amigos e família porque não é frescura e sim necessidade.
Domingo passado passei por uma situação complicada, estávamos fazendo churrasco na casa dos meus sogros e tive que pedir para meu marido colocar a carne separada para mim na grelha, na tábua e pegar a carne com garfo e cortar com faca separada, pois eles estavam assando pão de alho e como se não bastasse o pão era recheado de catupiry (confesso que queria tanto um pedacinho dele rs) e desta forma nada que eu comesse poderia passar pelo mesmo lugar que o pão. Quando meu marido pediu para pegar outra tábua e todo o resto que era necessário vi que algumas pessoas fizeram careta como se fosse frescura, mas quer saber? Nem liguei, me importo mais com a Malu que com cara feia e continuei conversando, comendo como se nada tivesse acontecido. Minha sogra fez batata com cenoura e maionese, tive que perguntar qual maionese, ler rotulo, abrir geladeira, etc sobre tudo o que ela fez. Chato, né?! Graças a Deus minha sogra é bem consciente e foi tranquila, mas houveram brincadeiras que não gostei, até mesmo sobre eu não poder comer o chocolate que todo mundo estava comendo, mas fui forte e continuei de boa!
As vezes é difícil porque mudar hábitos não é fácil!! Meu marido vive misturando coisas com leite dentro da pia com as coisas da Malu. Separar os utensílios domésticos, esponja, plástico e tudo o resto é complicado, pro meu marido, meus pais e todo mundo e ter que ficar falando isso cansa e parece cansativo, mas tenho que continuar falando - é pela Malu e não por mim.
Tenho que tomar 1000 e 1 cuidados com ela e o irmão - Junior já tentou dar pão com manteiga, chocolate e outras coisas para ela e por isso, meu próximo passo é eliminar o leite de todo mundo em casa e o Junior poderá comer iogurte, danoninho, leitinho de vaca só na casa dos avós. Vai ser uma tarefa difícil, mas curta se Deus quiser e assim que a Malu estiver curada as coisas voltam ao normal.
Não podemos desanimar!! Não podemos ter vergonha de levar nossa marmita na festinha, para que nossos bebes possam comer coxinha, esfirra, brigadeiro, etc, como as outras crianças só que o dos nossos bebes é especial! Se for necessário fazer bolachinhas a mais para mandar para todo mundo da sala da escolinha para ninguém se sentir excluído.
É importante sim falar sempre com a escolinha, dar a apostila da Dra. Renata Pinotti  sobre APLV nas escolas, ficar em cima da escola e de todos. APLV e a Escola
Nossos filhos precisam de uma atenção alimentar extra só isso!!!

E precisando desabafar é só falar! Estamos todos juntos nessa luta!!! O importante é ver nossos bebes lindos, fortes, cheios de saúde e feliz!!!!!


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Receita do Dia - Doce de Leite de Leite de coco

Devido a alergia da Malu tenho me aventurado bastante na cozinha, principalmente nos doces que não consigo ficar sem!
E hoje resolvi fazer um doce de leite sem leite! Estranho né?! Mas é rapidinho e fácil de fazer!!

Ingredientes:

8 colheres de sopa de leite de coco
4 colheres de sopa de açúcar (usei o refinado mesmo)
1/2 colher de sopa de creme vegetal (usei a becel azul que é limpa)
1/2 colher de sopa de amido de milho

Modo de Preparo:

Leve ao fogo médio para baixo o leite de coco e o açúcar sempre mexendo. Quando o açucar estiver bem derretido acrescente o creme vegetal sem parar de mexer até que derreta. Em seguida adicione o amido de milho e mexa sempre, até desgudar da panela. O ponto ideal é o de bala quando está querendo açucarar.
Desligue o fogo, assim que estiver morno retire da panela e coloque em um recipiente de vidro, antes de esfriar por completo corte em pedaços da forma que preferir. E então é só aproveitar e saborear.

Aqui em casa foi 100% aprovado!





O que é APLV - Alergia a Proteína do leite de vaca?

Há 2 meses atrás quando surgiu a possibilidade da Malu estar com alergia ao leite de vaca fiquei perdida, não tinha idéia do que era exatamente, como seria a dieta de exclusão, como ter certeza se era alergia de fato, entre outras dúvidas, uma amiga me indicou o site - Alergia ao Leite de Vaca que tirou bastante das minhas dúvidas, por isso inicio o blog com as informações desse site!!!
Alergia ao leite de vaca (APLV) é o tipo mais comum de alergia alimentar Alergia alimentar é a reação inesperada do sistema imunológico às proteínas dos alimentos. Para compreender melhor a alergia alimentar é importante lembrar alguns conceitos básicos sobre o sistema imunológico e sobre a digestão das proteínas.
Os oito alimentos mais alergênicos são: leite de vaca, soja, ovo, trigo, peixe, frutos do mar, amendoim e castanhas. Para os bebês que não têm leite materno disponível, a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é a mais complicada de ser tratada, visto que o leite é o principal alimento nesta fase da vida, tendo um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento da criança. Por esta razão, os esclarecimentos a seguir utilizarão como exemplo a APLV, embora os sintomas, diagnóstico e tratamento das alergias a outros alimentos sejam parecidos, mudando-se apenas o alimento responsável por ocasionar a alergia. Fatores associados ao desenvolvimento da alergia alimentar.  Na APLV o organismo da criança não reconhece uma ou mais proteínas do leite de vaca (caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina) e reage a elas. 

Aproximadamente 1 em cada 20 bebês tem APLV!
 A APLV é difícil de ser diagnosticada e, mesmo que o paciente possua um dos sintomas citados, não necessariamente a causa será a alergia alimentar.
 Há outras doenças cujos sintomas são parecidos e podem confundir com APLV, como por exemplo:
 - refluxo (bebês que golfam e vomitam com muita freqüência) pode ser normal, pode ser ocasionado por um problema no amadurecimento dos órgãos (estômago, esôfago, etc), pode ser por alergia ao leite de vaca, etc;
 - dermatite atópica (vermelhidão, ressecamento e coceira na pele) pode ser ocasionada por alergia a ácaros, por ressecamento da pele, por alergia a alimentos, etc;
 - cólicas (irritabilidade e choro excessivos) podem ser normais, por alguma dor ou desconforto decorrente de refluxo, por alergia ao leite, etc.
 O diagnostico da APLV deve ser feito com base em: - investigação minuciosa da história clínica da criança; Na investigação minuciosa da história clínica, o médico verifica:
-Alimento suspeito: quais alimentos os pais percebem que, quando ingeridos, causam os sintomas.
-Tempo de latência: quanto tempo depois de consumido o alimento o bebê começou a ter sintomas.
-Menor quantidade necessária – Quanto deste alimento o bebê consumiu para iniciar os sintomas
-Freqüência e reprodutibilidade da reação: sempre que o bebê consome determinado alimento aparecem os sintomas, ou não. São sempre os mesmos sintomas, ou às vezes surgem sintomas diferentes.
-Episódio mais recente: quando foi a última vez que a criança apresentou sintomas após a ingestão do alimento.
-Descrição das reações: se surgem logo após a ingestão do alimento suspeito ou demora para aparecer. Como são estes sintomas, por ex: Sintomas de pele: como são, se tem coceira, descamação, em que local do corpo que aparece.
-Sintomas intestinais: qual a consistência das fezes, se tem sangue ou não, quantas evacuações por dia,
-Tempo de aleitamento materno, idade de início dos sintomas e da introdução do leite de vaca e de novos alimentos, se o bebê recebeu leite de vaca no berçário. - associação com RAST e/ou PRICK TEST (quando for alergia mediada por IgE ou mista);
Quando há suspeita de alergia mediada por IgE ou mista, o RAST e o prick test podem auxiliar. RAST é o exame de sangue utilizado para verificar a presença de IgE específica para determinado alimento. Seus resultados são classificados em classes (1, 2, 3 e 4) e são considerados positivos apenas os resultados nas classes 3 e 4. PRICK TEST é um teste realizado na pele. O médico faz pequenas escoriações na pele do antebraço com uma lanceta (“agulha”), e coloca substâncias extraídas dos alimentos ou outros alérgenos. Após 20 minutos começa a observar se há reação alérgica nos locais onde aplicou os alérgenos. Quando há reação, surge uma pápula e o tamanho desta pápula indica se há uma reação mais ou menos forte. Ambos (RAST e PRICK TEST) só são válidos para quem tem alergia mediada por IgE (ou mista) e não fecham o diagnóstico de alergia (mesmo nas IgEs!), apenas verificam a sensibilidade do indivíduo ao alimento. Portanto, os resultados destes testes devem ser usados sempre em conjunto com a história clínica e com o teste de provocação oral. - dieta de exclusão do leite de vaca;
A dieta de exclusão (também conhecida como dieta de eliminação) trata-se de uma dieta onde o alimento suspeito de ocasionar a alergia é completamente eliminado da dieta. Por exemplo, se a suspeita é de APLV, o leite de vaca e todos alimentos que podem conter proteínas do leite de vaca (por exemplo bolachas, pães, manteiga, bolos, panqueca, queijos, iogurtes, etc) são retirados da dieta.
Em casos de bebês com suspeita de APLV, recomenda-se a continuidade do aleitamento materno e que a própria mãe faça a dieta de exclusão. Neste caso, como a mãe retira da sua alimentação todos os alimentos que contêm leite, e o leite é uma importante fonte de cálcio, é importante que a mãe utilize um suplemento de cálcio.
Caso a mãe não esteja amamentando, recomenda-se a substituição do leite materno por fórmulas ou dietas especializadas à base de proteínas extensamente hidrolisadas (contêm peptídeos) ou à base de aminoácidos. Segundo as Sociedades Européias de Gastroenterologia e Alergia Pediátrica, a Academia Americana de Pediatria e o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, não é recomendado o uso de fórmulas ou bebidas de soja para bebês menores de 6 meses, devido ao alto risco de desenvolver alergia à soja e à presença de substâncias na soja cujos efeitos em bebês ainda não foram completamente estudados. Estas sociedades médicas também não recomendam fórmulas ou bebidas de soja para bebês e crianças com APLV e sintomas não mediados por IgE ou mistos (por exemplo: vômitos, regurgitações, diarréia, constipação, sangue nas fezes, dermatite atópica, entre outros). Sendo assim, a soja só tem indicação para os bebês com alergia mediada por IgE e acima dos 6 meses de vida.
Quando a criança já estiver consumindo outros alimentos é importante atentar-se sempre ao modo de preparo das receitas, ter cuidado com contaminação cruzada e ler atentamente os rótulos dos produtos industrializados (ler matéria sobre rótulos).
É possível preparar alimentos como tortas, bolos, pães, bolachas, sobremesas, etc. sem leite de vaca (veja a sessão receitas). O oferecimento de alimentos alternativos garante uma alimentação variada, evita a monotonia, favorece o convívio social e previne transgressões. Vale-se ressaltar que a dieta não deve ser feita com a exclusão de muitos alimentos, apenas dos realmente associados à alergia. Restrições muito rigorosas podem levar a desnutrição, déficit de crescimento, deficiência de nutrientes importantes como cálcio, ferro, vitamina B12, zinco e, consequentemente, anemia, osteopenia (enfraquecimento dos ossos), baixa resistência, etc.
O monitoramento do peso e altura da criança deve ser realizado todo mês. Se seu bebê não estiver engordando ou crescendo como esperado pode ser um sinal de que a alimentação não está adequada ou que ele ainda está mantendo a alergia a algum dos alimentos de sua dieta, pois: - as fórmulas de soja podem causar alergia em até 6 de cada 10 bebês com APLV, - as fórmulas ou dietas extensamente hidrolisadas (de peptídeos) ocasionam alergia em 1 de cada 10 bebês com APLV, - somente as fórmulas ou dietas de aminoácidos são toleradas por 100% dos bebês com APLV. Esta dieta de exclusão deverá ser realizada por 1 a 6 semanas. Se neste período o paciente não melhorar, deve-se verificar: - se houve algum erro – neste caso a dieta deverá ser corrigida; - se a fórmula que a criança consome pode estar também ocasionando alergia – neste caso deve mudar para uma fórmula ou dieta com menor chance de ocasionar alergia; - se nenhum dos casos acima ocorreu, provavelmente a criança não tem APLV, e o médico deverá investigar outras doenças.
Mas se após as 1 a 6 semanas de dieta de exclusão a criança estiver melhor, o teste de provocação oral (TPO) deverá ser realizado.
O TPO consiste na oferta de alimentos e/ou placebo em doses crescentes e intervalos regulares, sob supervisão médica, com concomitante monitoramento de possíveis reações. Se a criança não apresentar reação alérgica, há duas possibilidades: - os sintomas não eram ocasionados por alergia alimentar, e sim por alguma outra doença; - a criança apresentava alergia alimentar, porém desenvolveu tolerância (cura) durante as semanas de dieta de exclusão. Se por outro lado o TPO desencadear alguma reação alérgica, o diagnóstico da alergia alimentar está confirmado.
Obs.: No caso dos bebês amamentados ao seio, o TPO também deve ser realizado. Neste caso, a mãe continua amamentando, faz a dieta de exclusão por 1 a 6 semanas, e volta a consumir leite de vaca após este período, observando se ocorrem sintomas no bebê.

 http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda_alergia.php?id=34