domingo, 22 de junho de 2014

Reportagem da Revista época sobre alergia alimentar

Olá pessoal!!!

Amei essa reportagem feita pela revista Época sobre alergia alimentar!!!! Vi no blog do Dr. Paulo Maciel Blog Dr. Paulo Maciel.

Segue ela na íntegra!!

A nova guerra às alergias [1]
As armas da medicina para combater o crescimento
do número de casos de reações graves a alimentos
Dennise Passos de Oliveira não tinha como saber, mas a geleia de mocotó que dava ao filho Luiz Guilherme, de 6 meses, era a causa; e não a solução, para as cólicas e os vômitos do bebê. Ao entrar em seu organismo, uma proteína do leite contido na gelei a provocava uma reação semelhante à do sistema imune quando atacado por vírus. Alimentos comuns como arroz, espinafre, mandioquinha e frango também causavam vômito. Às vezes, só de sentir cheiro de comida Luiz Guilherme começava a passar mal. O menino perdia peso, crescia abaixo da média e teve inchaço no fígado e no baço. Por fim, a gastropediatra Maria Helena Simões identificou a razão: uma grave alergia. Seu caso, embora raro, ilustra o crescente problema das alergias múltiplas, para o qual só agora a medicina começa a encontrar explicações.
A médica mandou suspender prati­camente todos os alimentos sólidos e receitou para Luiz Guilherme uma fór­mula especial, com proteínas já “digeri­das”: para evitar novas reações alérgicas. Hoje com 2 anos, Luiz Guilherme é um menino alegre e calmo, que passa o dia brincando com um macaquinho de pe­lúcia. Um ano e meio depois do início do tratamento, além da fórmula especial, ele já pode comer quiabo, maxixe, abóbora, macarrão de sêmola, carne de carneiro e está se aventurando pelas frutas. Teve reações a banana, ameixa e pera, mas está experimentando abacate e mamão.
Esse caso, ainda que extremo, não é to­talmente estranho aos ouvidos de pais e mães. Quase todos já ouviram falar, den­tro do círculo de amizades, de histórias de crianças com graves alergias ou into­lerâncias a um ou mais alimentos, como numa espécie de pandemia silenciosa. O aumento do número de casos provavel­mente se deve em parte a uma melhora nos diagnósticos, o que não o torna menos alarmante. Segundo o dado mais recente, de 2007, do Centro de Controle e Preven­ção de Doenças, nos Estados Unidos, o aumento foi de 18% em uma década. A alta mais significativa foi na faixa de 0 a 5 anos de idade, fase da vida em que o sistema imune está mais vulnerável.
No mundo inteiro, alergias se tor­naram uma verdadeira paranoia. Na Aus­trália, o menino Kaleb Bussenschutt, de 5 anos, se alimenta por sonda e pode apenas chupar gelo. Nos Estados Unidos, algumas escolas baniram do recreio os lanchinhos com amendoim e derivados. Recentemen­te, a queda de um simples amendoim no assoalho de um ônibus escolar gerou a eva­cuação e a descontaminação do veículo. Também nos Estados Unidos, foi realiza­do em agosto o primeiro jogo de beisebol “peanut-free” (ou seja, livre de amendoim: comer amendoins e derivados em estádios de beisebol faz parte da cultura americana) apenas para que um menino, Kyle Graddy, de 9 anos, alérgico à semente, pudesse as­sistir ao vivo a seu esporte favorito.
Exageros à parte, é fato que se tornou mais comum o diagnóstico de alergias múltiplas numa mesma criança. “Há 25 anos, quando comecei a trabalhar com isso, os testes sanguíneos da maioria das crianças apontavam alergia a apenas um tipo de alimento’: diz Hugh Sampson, um dos maiores especialistas americanos em alergias infantis. “Agora o incomum é encontrar um exame em que só haja rea­ção a um tipo de comida.” Em seu dia a dia na Faculdade de Medicina Mount Sinai, em Nova York, onde dirige o serviço de alergia e imunoterapia do Departamento de Pediatria, Hugh Sampson dedica-se a estudar uma cura para o problema. Ele é um otimista: acredita que, em menos de uma década, uma bateria de novas armas estará disponível para o público. Essa não é a única novidade na guerra contemporâ­nea contra as alergias alimentares. Novos métodos de diagnóstico estão prestes a entrar no mercado, inclusive no Brasil, e a ciência a cada dia entende um pouco mais os mecanismos que levam nosso corpo a reagir contra alimentos que deveriam nos fazer bem, e, por algum motivo, põem em risco nossa saúde.
Uma das chaves para encontrar uma cura para as alergias é a pesquisa genética. A ciência ainda não é capaz de responder por que, numa mesma família, algumas pessoas têm mais ou menos pre­disposição ao problema. Luiz Guilherme, o menino que abre esta reportagem, tem uma irmã mais velha, Emanuelly, de 6 anos, que não sofre de alergia alimentar, mas tem rinite, uma doença alérgica. A mãe, Dennise, tem tosse alérgica, e o pai, Fernando, diz sofrer alterações na pele quando ingere camarão e lagosta.
Os pesquisadores acreditam que as al­terações do ambiente onde vivemos têm um papel fundamental no desenvolvi­mento das alergias. A chamada “hipótese da higiene” diz que, no ambiente urba­no moderno, quase asséptico, diminui a exposição a micro-organismos como vermes, bactérias e vírus e, consequen­temente, caem as infecções. A relação en­tre a higiene e a alergia não foi, contudo, confirmada por estudos epidemiológicos no Brasil. Até agora, as pesquisas não mos­traram uma diferença na taxa de casos de doenças alérgicas nas grandes cidades e em populações de vilarejos do interior.
Uma dificuldade de qualquer estudo é definir quem realmente é alérgico. De acor­do com diversas pesquisas, 20% a 25% das pessoas acreditam ter algum tipo de aler­gia. Quando um médico faz o diagnóstico, apenas 1 % a 2% dos adultos e 6% a 8% das crianças de fato têm o problema. Antes de concluir que se tem uma alergia, portanto, é preciso excluir outras hipóteses. Foi o caso da nutricionista Leticia Garcia, de 29 anos, que mora em São Paulo. Há quatro anos, depois de repetidos episódios de diarreia e constipação, Leticia recebeu o diagnóstico de “síndrome do intestino irritável’: uma condição que teria fundo emocional. No ano passado, ela voltou a ter o problema.
Desta vez, um teste sanguíneo apontou in­tolerância à lactose. Letícia tirou leite e deri­vados da dieta. Não adiantou. Ela procurou uma terceira opinião. O médico desconfiou de doença celíaca – aquela em que o intesti­no do paciente não absorve alimentos com glúten. Uma biópsia confirmou a suspeita. A intolerância à lactose, na verdade, era um efeito secundário das crises de diarreia. Agora, Leticia luta para tirar pães, massas e farinhas da dieta. “Desde o diagnóstico, não tive mais crises”, diz Leticia.
Assim como nos casos de intolerância, identificar as alergias pode ser difícil. Atual­mente, usam-se testes cutâneos – em que o alérgeno é colocado em contato com a pele – ou de sangue. Neste último, chama­do Rast, os cientistas medem a quantidade dos anticorpos IgE para certos alimentos e medicamentos. Mas ter altas doses de IgE específico para o camarão, por exemplo, não significa necessariamente alergia a camarão: são os casos chamados de “fal­sos-positivos”. Eles são comuns quando há alergias cruzadas. Uma nova técnica, cha­mada “microarray”, que usa quantidades menores de sangue para uma quantidade maior de alérgenos, espera a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada no Brasil.
A evolução nas técnicas de diagnóstico pode trazer esperanças para casos graves como o de Marina, uma menina de Brasí­lia hoje com 2 anos e 5 meses. Aos 20 dias de idade, Marina chorava bastante, dor­mia pouco e regurgitava muito. Mãe pela primeira vez, a servidora pública federal Rilane Santos de Sousa ficou preocupa­da e levou o bebê ao médico. O primeiro diagnóstico foi refluxo gastroesofágico, um problema comum em crianças pe­quenas. “O refluxo pode ter uma causa fisiológica, mas também pode ser causado por uma alergia”, afirma o gastropediatra Ulysses Fagundes Neto, professor do De­partamento de Pediatria da Escola Pau­lista de Medicina da Unifesp. Ao ingerir um alimento e ter cólica, a criança pode chorar muito, o que a leva a regurgitar. Outro possível sintoma é di arreia com sangue, que pode ser confundida com uma infecção intestinal. Aos 2 meses, a menina deixou de ganhar peso, e Elisa de Carvalho, médica especializada em gas­troenterologia pediátrica do Hospital de Base do Distrito Federal, suspeitou de um caso de alergia a leite. Para evitar expor a criança às proteínas do leite e da soja pelo leite materno, Elisa excluiu os alimentos da dieta da mãe. Mesmo assim, Marina não apresentou melhora. Rilane teve, en­tão, de deixar de amamentar. Passou a dar à filha uma dieta especial, com fórmula de proteína hidrolisada – mais fácil de digerir. Deu certo, mas uma tentativa de reintroduzir o leite na dieta da menina fracassou. Marina foi internada e passou a receber por sonda uma fórmula elemen­tar, hipoalergênica, só com aminoácidos, por meio de uma sonda. “Não dormíamos direito vigiando para que ela não tirasse o aparelho”, diz Rilane. Depois de 60 dias de tratamento, a própria menina rejeitou a sonda. Durante alguns meses, alimen­tou-se exclusivamente com a fórmula.
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Sintomas relacionados à alergia alimentar
O que já se sabe
As respostas às dúvidas mais comuns sobre alergia e intolerância
1. QUANDO SUSPEITAR QUE A CRIANÇA TEM ALERGIA A ALGUM ALIMENTO?
Quando ela tem uma reação anormal – seja vermelhidão na pele, vômito, diarreia, inchaço ou dificuldade para respirar – depois de consumir algum alimento. O tipo de reação pode variar, mas acontece toda vez que a criança ingere a mesma comida, não importa a quantidade. A presença dos sintomas não é conclusiva para o diagnóstico, que só pode ser feito pelo médico. Um episódio de diarreia pode se dever a uma simples intoxicação alimentar.
“A história clínica é muito importante para definir o diagnóstico, junto com os testes laboratoriais”, afirma a alergista Renata Cocco, pesquisadora associada da Unifesp. Para tirar qualquer dúvida, pode-se recorrer ao “teste de provocação oral”, ou seja: o paciente ingere, sob supervisão do médico, o alimento suspeito.
É alérgico mesmo? Muitos dizem ser alérgicos. Poucos realmente o são:
“20 a 25% das pessoas acham que têm algum tipo de alergia.
Depois de testes para comprovação:
1 a 2% dos adultos têm alergia
6 a 8% das crianças apresentam o problema.”
Resp.: Os sintomas relatados acima indicam a alergia “imediata”, causada por IgE, como comentado em outras páginas. Mas devemos lembrar que a grande maioria (80%) das alergias alimentares são causadas por alergias não mediadas por IgE e de sintomas tardios (horas a dias). Além disso, os sintomas que podem ser causados por alergia alimentar são bem mais extensos que os relatados. Vale a pena lembrar de alguns dos sintomas mais comuns ligados à alergia alimentar:
Sistema Gastrointestinal: Cólica. Vômito. Diarréia. Sangue nas fezes. Constipação. Gases. Colite. Náusea.
Sistema Respiratório: Nariz escorrendo. Espirros. Tosse. Congestão. Asma. Bronquite. Coceira no nariz. Sintomas de gripe. Respiração difícil.
Olhos: Olhos lacrimejantes. Olhos vermelhos. Círculos escuros. Coceira. Conjuntivite.
Sistema Nervoso Central: Irritabilidade. Perda de sono. Tontura prolongada. Dor de cabeça. Cansaço.
Pele: Eczema. Dermatite. Urticária. Vermelhidão. Coceira. Inchamento dos lábios, boca, língua e garganta.
Outros sintomas: Infecção no ouvido. Perda de peso, Suar em excesso. Baixo rendimento escolar. Dificuldade de convivência. Depressão. Choque anafilático.
2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE “INTOLERANCIA” E ALERGIA?
De maneira geral, as alergias são provocadas por proteínas conside­radas “estranhas” pelo organismo, que decide atacá-las. Em casos raros os alérgicos podem ter reações até a simples partículas do alimento dispersas no ar. Os açúcares estão por trás da maior parte dos casos de intolerância. O tipo mais comum é a Intolerância à lactose, o açúcar do leite. A causa é uma deficiência na produção de lactase, a enzima responsável pela digestão do leite.
Presença de intolerância à lactose na população:
Europeus: 25%
Negros, indígenas e asiáticos: 80%.
Resp.: Não apenas os açúcares, mas uma grande gama de alimentos podem causar intolerância alimentar. Resumindo o texto da página “Intolerância Alimentar”, citamos alguns exemplos de alimentos que podem causar intolerância: Chocolate, tomates, espinafres, morangos, ovos, peixe, mariscos, ananás e especiarias (canela), ruibarbo, queijo, arenque, bananas, cavala, bacalhau, pimenta, nozes, vinho, couve fermentada, atum, além de corantes, aromatizantes e conservantes.
3. HÁ TRATAMENTO PARA A ALERGIA ALIMENTAR?
Não existe, hoje, uma cura. “A alergia pode não ter manifestação clínica, mas não some da memória do corpo”, afirma o médico Celso Cukier, respon­sável pelo serviço de terapia nutricio­nal do Hospital São Luiz, em São Paulo. A única maneira de evitar as reações indesejáveis é ficar longe dos alimen­tos que as provocam. Em alguns casos, principalmente em crianças. O problema pode regredir sozinho: o alérgico passa a tolerar bem aquilo que antes lhe causava problema.
“20% das pessoas alérgicas a amendoim ou a camarão adquirem tolerância posteriormente.”
“80% das crianças que têm alergia a leite superam o problema até a idade adulta.”
Resp.: A cura, para o paciente, significa “ausência de sintomas”, mesmo que ele continue com a informação gravada no seu DNA. Assim como existem muitos casos de “reversão” espontânea do quadro alérgico, existem tratamentos alternativos que podem reduzir ou até mesmo eliminar os sintomas da alergia alimentar, em especial a Homeopatia e a Lisadoterapia.
4. A PROPENSÃO A ALERGIAS É GENÉTICA OU PODE SER ADQUIRIDA DURANTE A VIDA?
“A maioria das pessoas que têm o problema apresenta histórico na família”, diz o especialista americano Hugh Sampson. A alergia pode demorar a se manifestar, mas não pode ser “adquirida” ao longo da vida porque depende da carga genética do individuo.
Resp.: A tendência à resposta alérgica é genética, pela sua característica de hiper-reatividade imunológica. Sendo assim, a propensão é permanente, mas os sintomas não; eles podem tanto aparecer em qualquer época da vida, quanto também desaparecerem sem deixar vestígios.
5. É POSSÍVEL PREVENIR O SURGIMENTO DE ALERGIAS NOS FILHOS?
Estudos mostram que amamentar só no peito até os 6 meses parece reduzir a suscetibilidade a alergias. Não há evidências de que evitar na gravidez alimentos como camarão e ovos previna alergia no bebê.
Resp.: Ver a página dedicada ao Professor Ulysses para maiores detalhes.
6. ALIMENTOS ­INDUSTRIALIZADOS TRAZEM MAIS RISCOS?
As reações adversas aos aditivos ali­mentares são raras – menos de 1% dos casos. O maior risco em relação aos ali­mentos industrializados é a rotulagem insuficiente. Um produto com traços de leite pode desencadear reações graves.
Resp.: Os alimentos industrializados possuem milhares de aditivos químicos, muitos deles alergênicos. Veja o caso do Glutamato Monossódico e do corante Amarelo Tartrazina.
7. O QUE SÃO “ALERGIAS CRUZADAS” E QUE ALIMENTOS MAIS AS PROVOCAM?
Certas alergias parecem vir acompanhadas de outras. Suspeita-se que isso se deva a semelhanças nas sequências de aminoácidos
Há cruzamentos menos evidentes, como a alergia a látex, que em 35% dos casos pode gerar também reações a frutas como: Kiwi, Abacate, Banana.
É o que acontece, por  exemplo, entre o leite de vaca e o leite de cabra. Como eles têm proteínas semelhantes, os riscos de alguém alérgico a leite de vaca também apresentar reações ao de cabra é alta: 92%. Quem tem alergia a camarão… também pode desenvolver alergia a ácaro.
É comum que, por causa dessas alergias cruzadas, os testes de sangue apontem resultado positivo para duas substâncias, mas que a pessoa só desenvolva sintomas para uma. Cerca de 50% dos testes de sangue para alergia dão um falso positivo.
Resp.: As alergias cruzadas podem não apenas criar alergias a alimentos diferentes, como também induzir a respostas imunológicas contra o próprio corpo, criando as chamadas Doenças Auto-Imunes (ver na página apropriada).
8. ALIMENTOS TRANSGÊNICOS SÃO MAIS ALERGÊNICOS?
Nenhum estudo, até agora, mostrou um risco maior de reações alérgicas pelo consumo de transgênicos. Mas a introdução de uma nova proteína na dieta das pessoas é sempre acompa­nhada do risco de reações adversas.
Resp.: Existem estudos sérios demonstrando reações alérgicas múltiplas e também graves relacionadas aos transgênicos. Mas a imprensa oficial insiste em negligenciar estas evidências. Ver este assunto na página dos transgênicos.
9. A DOENÇA CELÍACA É ALERGIA?
Apesar de ter sintomas semelhantes, como diarreias e dermatites, o mecanis­mo da doença celíaca é diferente e os mé­dicos não a consideram nem alergia nem intolerância. A doença impede a absorção do glúten presente em pães e massas.
Resp.: Este é um assunto polêmico, que vou desenvolver em outra página, específica para a Doença Celíaca. Pelo meu ponto-de-vista, a DC é, sim, uma doença alérgica do tipo II.
Entrevista com Hugh Sampson Professor de imunologia e pediatria da Faculdade de Medicina Mount Sinai, em Nova York:
O seu grupo está tentando desen­volver uma vacina contra alergia a amendoim, que pode ser a base para outras vacinas similares. Em que fase está esse estudo?
Hugh Sampson - Bem mais lento do que eu imaginava. A vacina está na fase 1, a que chamamos de teste de segurança com pessoas. Esperamos completá-la no próximo ano, quando começaremos a fase 2, que deverá comprovar a eficácia da vacina. Isso deverá levar mais alguns anos. Depois ainda há as fases 3 e 4. Infelizmente, ainda serão alguns anos pela frente.
O que podemos esperar do conhe­cimento científico sobre alergia no futuro próximo?
Sampson – Acho que vamos conseguir tratar o problema. Ainda vamos precisar de alguns anos até que as soluções es­tejam disponíveis para todos. Gostaria que fosse menos de uma década, mas não é improvável pensar nesse prazo.
Que conselho o senhor daria aos pais que querem prevenir as alergias alimentares em seus filhos?
Sampson - Não temos estudos que mostrem se o melhor caminho é dar alimentos mais cedo ou aguardar. O que podemos fazer é encorajar as mães a amamentar nos primeiros meses de vida. Todo o resto não está comprovado cientificamente.
[1] Leticia Sorg – Revista Época, Nº 589 – 31 de agosto de 2009.

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